2 de agosto de 2013

quadrinhos do harry potter

Queridinho do mês: Harry Potter






Por Karen em 29/02/2012 Tags: Harry Potter, Séries
Como assim ninguém ainda falou sobre o grande, maravilhoso, excepcional e queridinho do mundo todo, Harry Potter?

Ah, claro, vocês estavam me esperando.E o Harry só tinha 11? Enfim, o que importa de verdade é que o Harry é meu amor de toda a vida e fim de papo. (e que eu também não consegui surpreender ninguém no meu primeiro Queridinho do Mês)

Para quem ainda não leu a série (como assim? Em que planeta você vive?! Corre e vai ler!), aviso que temos alguns spoilers aqui.


É fácil e difícil falar do Harry. Fácil porque, bem, eu o conheço de cabo a rabo há vários anos, e difícil porque, vamos ser sinceros, Harry Potter não precisa de apresentações, não? Como J.K. Rowling profetizou logo no primeiro capítulo do primeiro livro, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”: “Todas as crianças no nosso mundo vão conhecer o nome dele!”. Bem, eu acrescentaria também os adultos. E os idosos. Talvez até os cachorros, os gatinhos…

Foi em um trem, entre Londres e Manchester, que J. K. Rowling teve a primeira visão de Harry; um menino órfão, de óculos, que estudava em uma escola de magia e bruxaria. Logo o batizou de Harry Potter. Ela não tinha lápis, caneta, nem papel, e teve que esperar sair do trem para conseguir anotar sua idéia.

Como basicamente todo mundo no planeta já conhece a história de Harry Potter (ou pelo menos já tem uma boa noção), eu vou me ater aqui a ele, como personagem em si. Harry é um herói, mas não acho que seja o típico herói. Ele é humano, tanto que nos sentimos próximos a ele, em relação a seus sentimentos e atitudes. Muitas vezes Harry é teimoso e cabeça-dura, tantas que a gente até perde a conta. Ele sabe que precisa dos outros, mas tende a querer resolver as coisas sozinho na maioria das vezes e segue seus instintos sem pensar muito no assunto, o que acabou levando-o a vários tropeços e até mesmo mais perdas no caminho. Além disso, Harry teve também sua fase revoltada – meu marido chama de “Harry CAPS LOCK”, porque ele só falava em caixas altas no livro; ele gritava com todo mundo, até mesmo seus amigos mais próximos, e tentava afastar a todos, pensando que estava irremediavelmente sozinho.

Mas como acontece na vida de qualquer um, essas fases passaram. Uma das coisas maravilhosas nesse personagem e na escrita fantástica de Rowling, é que ele evolui. À medida que as páginas avançam, de um volume para o próximo, de um ano para o outro na aventura, Harry cresce junto com os livros, amadurece e evolui como personagem. O leitor também cresce junto com ele – seja criança ou adulto -, acompanhando essa evolução não apenas como espectador, mas sim atuante, quase como se vivêssemos ao lado de Harry sua trajetória. Harry perde sua inocência e adquire maturidade. De um menino que não sabia seu lugar no mundo, inocente, Harry passa pelo adolescente revoltado, para depois aceitar as consequências, aprender com elas e por último, torna-se, como diz Dumbledore, um homem muito melhor que ele mesmo.

Além dos defeitos, Harry também sempre teve qualidades. Ele é capaz de sacrificar a si mesmo pelos outros e valoriza a amizade acima de tudo; sempre o considerei uma pessoa simples, até mesmo humilde a despeito de toda a fama que tem – e que preferia não ter. Outra coisa que admiro nele é que, apesar de ser tímido, ele na maioria das vezes sabe o que responder em uma situação: seja ela uma ofensa do rival Draco Malfoy, do seu professor mais detestado Severus Snape, e até mesmo o Ministro da Magia e, por último, o próprio Voldemort. Eu sempre gostei quando o Harry falou verdades para ele, principalmente no final, quando ele, naquele final épico, mostra a Voldemort – ou melhor, Tom, no que ele se transformou e todos os erros que fez. Ou quando Harry enfrenta seu professor e mentor preferido, Remus Lupin, e age como um grande homem. São cenas que me enchem de orgulho desse personagem que começou como um menino tímido, desencontrado e profundamente melancólico, e terminou como um homem de valores e caráter, que ele sempre foi lá no fundo. É assistir a evolução que nós mesmos, enquanto pessoas, podemos alcançar também.

Acho que acabei filosofando demais sobre o meu personagem mais favorito de todos que já li aqui. Harry hoje vive com sua família, que ele construiu com Ginny Weasley, irmã do melhor amigo Ron, e seus três filhos, cercado pela outra família que adotou como sua – os Weasleys – e é cunhado da melhor amiga Hermione Granger, agora também uma Weasley. Ele é padrinho de Teddy Lupin, e sempre está em contato com os melhores amigos, Ron e Hermione, e os filhos dos dois. Ele finalmente conseguiu a família que sempre desejou e lhe foi tirada, e acredito que não se sinta mais só, e agora seja verdadeiramente feliz.

Harry também vive em nossa lembrança e nossos corações, e em nossas releituras da série, como um de nossos melhores amigos. Dumbledore dizia que Hogwarts sempre estaria lá para quem pedisse ajuda. Bem, eu vou mudar um pouco a frase e dizer que Harry sempre estará lá para quem pedir ajuda e companhia. É com ele que muitos fãs cresceram, amadureceram e compartilharam bons e maus momentos juntos. E é onde ele vive agora, conosco, para sempre.

Um comentário:

Vanessa Vieira disse...

Gostei do texto. Ainda não li Harry Potter, e nutro uma certa curiosidade a respeito. Abraço!

www.newsnessa.com