O HOMEM DE AÇO - MAN OF STEEL
NOTA: 8,5
- Você tem que decidir que tipo de homem quer ser quando crescer, Clark. Seja lá quem for esse homem, ele vai mudar o mundo.
A ideia era recriar o super-herói do zero, como se nada do que tivesse sido feito sobre ele antes interessasse (talvez pelo últimofilme, que na minha opinião foi incompreendido, não ter alcançado o sucesso esperado). O primeiro passo foi chamar Christopher Nolan para produzir, diretor que fez muito sucesso com os bons filmes do Batman. Assim, o filme segue os mesmos moldes do homem-morcego, e finca o universo dentro do realismo. Funcionou com Batman, que é um homem "comum", com o homem de aço não funcionou da mesma forma. Pior ainda, para que nada remetesse aos filmes anteriores, excluíram a clássica trilha de John Williams que é uma das mais icônicas e memoráveis da história do cinema. Posso lhes dizer que talvez esse filme caia no esquecimento, mas a trilha clássica perdurará enquanto existir cinema.
Vamos então falar de um grande acerto do filme, que é a escolha do elenco. Começando pelo próprio Superman, que ganha as feições de Henry Cavill, que se mostra como a melhor escolha desde que Christopher Reeve vestiu a capa, sendo que fisicamente talvez ele seja ainda melhor. Seu pai biológico é bem interpretado por Russel Crowe e está bem acompanhado na Terra com Kevin Costner e Diana Lane como seus pais adotivos e Amy Adams como Lois Lane; e pra completar um Michael Shannon ainda mais psicopata do que estamos acostumados. A menção honrosa vai para Laurence Fishburne como Perry White, que está no filme porque seu personagem não podia ter ficado de fora.
O que acompanhamos neste filme é o nascimento do herói em um mundo com visual interessante mas que não impressiona, até alcançar seus 33 anos (em uma das muitas e desnecessárias referências entre o ele e Jesus Cristo), que culmina em uma batalha na Terra que devasta mais do que vimos anteriormente em Os vingadores (provavelmente para mostrar que podem fazer mais que a concorrente Marvel) e que quase significa o fim da existência humana.
Durante esse período, o filme joga para todos os lados possíveis sobre todos os aspectos da vida do herói. É uma tentativa de tentar agradar todo o tipo de plateia, o que funciona em certo nível. O grande problema mesmo é que apesar de agradar, o faz pouco, e nunca chega a realmente satisfazer. Como se ficasse no meio do caminho. Até que Superman conhece seu pai e Lois Lane quase ao mesmo tempo, e o filme corre para cenas intermináveis cenas de ação que ficam cansativas depois de tantas destruições e explosões. Apesar de entorpecer a plateia com adrenalina excessiva, essas cenas são o trunfo do filme.
E isso acontece em grande porque as cenas dramáticas não funcionam. Os elementos estão lá, mas seja lá quais foram as habilidades que os produtores enxergaram em Zach Snyder, a de construir personagens emocionais não é uma delas. Apesar de ter diminuído o que costuma fazer em seus filmes e tentar entregar algo diferente do que está acostumado (mesmo que seja copiando diferentes diretores), o diretor é ainda incapaz de construir um mito. Talvez por isso que ele esteja mais interessado em contar o fim dos dias que contar realmente uma história interessante de um homem perdido num mundo que não é seu.
O roteiro também não ajuda nem um pouco nessa missão. Assim como Batman, Superman também percorre o mundo, mas sua jornada é muito menos interessante e construtiva. Não é por acaso que o roteirista chamado foi o mesmo da trilogia de Nolan, David Goyer, mas o resultado é pouco inspirado e muito confuso. Temos o único nascimento natural em Krypton em centenas de anos. Mas por que isso acontece? Para que serve exatamente o Codex que Zod tanto busca? Por que Lois e Clark se beijam além do motivo óbvio de dar a plateia o romance que se espera que aconteça entre eles? O fato é que o roteiro se interessa quase que inteiramente em ter cenas de destruição, deixando para trás um personagem confuso e que cativa pouco além da marca que traz em seu peito.
V
O
Durante esse período, o filme joga para todos os lados possíveis sobre todos os aspectos da vida do herói. É uma tentativa de tentar agradar todo o tipo de plateia, o que funciona em certo nível. O grande problema mesmo é que apesar de agradar, o faz pouco, e nunca chega a realmente satisfazer. Como se ficasse no meio do caminho. Até que Superman conhece seu pai e Lois Lane quase ao mesmo tempo, e o filme corre para cenas intermináveis cenas de ação que ficam cansativas depois de tantas destruições e explosões. Apesar de entorpecer a plateia com adrenalina excessiva, essas cenas são o trunfo do filme.
E isso acontece em grande porque as cenas dramáticas não funcionam. Os elementos estão lá, mas seja lá quais foram as habilidades que os produtores enxergaram em Zach Snyder, a de construir personagens emocionais não é uma delas. Apesar de ter diminuído o que costuma fazer em seus filmes e tentar entregar algo diferente do que está acostumado (mesmo que seja copiando diferentes diretores), o diretor é ainda incapaz de construir um mito. Talvez por isso que ele esteja mais interessado em contar o fim dos dias que contar realmente uma história interessante de um homem perdido num mundo que não é seu.
O roteiro também não ajuda nem um pouco nessa missão. Assim como Batman, Superman também percorre o mundo, mas sua jornada é muito menos interessante e construtiva. Não é por acaso que o roteirista chamado foi o mesmo da trilogia de Nolan, David Goyer, mas o resultado é pouco inspirado e muito confuso. Temos o único nascimento natural em Krypton em centenas de anos. Mas por que isso acontece? Para que serve exatamente o Codex que Zod tanto busca? Por que Lois e Clark se beijam além do motivo óbvio de dar a plateia o romance que se espera que aconteça entre eles? O fato é que o roteiro se interessa quase que inteiramente em ter cenas de destruição, deixando para trás um personagem confuso e que cativa pouco além da marca que traz em seu peito.
2 comentários:
Eu amo o Super Homem.
Eu sabia que eles iam ter uma difícil missão com esse filme, e não iam agradar a muitos...
Pra começar, esse não é só o reinício da saga do herói, e sim o começo de um Universo DC no cinema. A Marvel vinha lançando filmes periodicamente e todos eram um sucesso; a DC viu que ia ter que ir nesse campo também, afinal, é dona dos super heróis mais populares dos quadrinhos!
Acho que o Homem de Aço pode ter decepcionado muitos por isso: por ser O INÍCIO DE TUDO. Muita gente não gostou de ver um Super Homem ainda fraco, ou um filme que foge aos padrões do que vimos na Marvel...
Mas eu acho que esses erros foram na verdade acertos, e creio que com o Homem de Aço 2 e os outros filmes da DC, todo mundo também possa perceber isso.
Eu achei o filme ótimo (e além disso ele foi sucesso de bilheterias) e, mesmo concordando que a trilha clássica de John Willians é a trilha, vou admitir que sou um grande fã de Hans Zimmer, escuto ele direto, mas acho que só no futuro ele terá o reconhecimento que merece...
Ufa, que comentário grande!, rsrsrs, é que sou muito fã disso tudo, hehe.
A resenha ficou ótima, de verdade, parabéns!
Abraços!
http://pecasdeoito.blogspot.com.br/
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